Açores

História dos Açores

A descoberta dos Açores é desconhecida, mas dados históricos apontam a descoberta em 1427, por Diogo Silves. Alguns anos mais tarde, em 1432, Gonçalo Velho Cabral redescobriu os Açores e descobriu São Miguel. Entre 1439 e 1444, apareceram os primeiros povoadores em São Miguel, que desembarcaram na Povoação. Os primeiros povoadores vieram principalmente de Portugal Continental, mais exactamente da Estremadura, Algarve e Alto Alentejo e, mais tarde, de países estrangeiros, principalmente de França ( explicação para o nome "Bretanha", uma freguesia situada na costa Noroeste da ilha ), de Flandres e Mouros vindos do Norte de Àfrica.

São Miguel

Por ser uma ilha fértil, com bom clima e situada no meio do Oceano Atlântico, ajudou a produzir trigo para exportar para as colónias Portuguesas em Àfrica, pastel para Flandres e cana-de-açucar, que contribui para fortalecer a economia de expansão na ilha.

A primeira capital da ilha de São Miguel foi a Vila Franca do Campo, devido à proximidade da povoação, do mar, e pelos campos extensos e férteis. Mas, infelizmente a fase de expansão e prosperidade durou pouco tempo, porque em 1522, um violento tremor de terra destruiu completamente a capital, e aproximadamente 5000 pessoas morreram. Ponta Delgada, localizada a 25 km Oeste da Vila Franca do Campo, já centro do concelho, tornou-se a primeira cidade e capital da ilha em 1546.

Domínio Filipino

No fim do século XVI e principio do século XVII os Açores foi centro de ataques piratas Franceses, Ingleses, Algérios. Entre 1582 e 1640, Portugal e as ilhas foram ocupados por tropas Espanholas, que utilizaram os Açores como ponto de paragem para reabastecimento de produtos e àgua para a deslocação à América. Finalmente, em 1640, a independância nacional foi restabelecida e os Açores voltaram para a monarquia Portuguesa, e voltou o tempo de desenvolvimento do Arquipélago.

Porto de Ponta Delgada

A construção de um porto artificial em Ponta Delgada, o desenvolvimento da pesca, e a produção leiteira foram os principais meios de desenvolvimento da ilha do século XX. Hoje em dia, São Miguel é o centro político e administrativo da Região, tem uma economia diversa em franca expansão, em que o turismo é o novo e mais dinêmico sector.

A exploração da laranja

No meio do século XVI, introduziram as primeiras laranjas em S. Miguel. A produção começou a crescer e no século XVIII as primeiras laranjas foram exportadas para a Inglaterra, tornado-se na principal cultura. Mais tarde, foram exportados para América e para alguns países Europeus.

Os primeiros negociantes a exportar a laranja foram os estrangeiros, mas depois os produtores locais, vendo ser um negócio rentável, começaram a produzir e exportar, com isso tornaram-se muito ricos e construíram palácios e solares pela ilha. Em 1842, acidentalmente trazido atravás das caravelas que vinham do Brasil um insecto chamado "colchanero" (um mosquito que ataca as folhas da laranja), reduziu drasticamente a produção, mais a concorrência do Continente e Espanha, arruinou o negócio da laranja da ilha. Assim, a ilha começou a entrar num período de decadência.

Como consequência, as primeiras pessoas começaram a emigrar para a América, onde se formaram importantes comunidades Açorianas.

No século XIX, para substituir a laranja, outras culturas foram introduzidas, tais como: Ananás, Maracujá, Tabaco, Beterraba e Batata doce (para destilação do àlcool).

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